O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

"Para fundamentar semelhante apelo, S. A. propôs-se fazer um confronto do regime imperial no Brasil com os quase vinte e quatro anos de regime republicano, pretendendo demonstrar a superioridade do primeiro sobre o segundo. Por felicidade do Brasil e da Humanidade, é fácil patentear que S. A. labora em deplorável ilusão"(4). Nota do Autor O regime republicano, apesar de não seguir os ensinamentos de Augusto Comte, é, todavia, mais claro, mais aberto e mais adequado ao povo brasileiro do que o regime imperial. Os republicanos brasileiros, por certo, não possuem nenhum republicanismo autêntico, mas souberam galvanizar as simpatias populares para a República. As instituições monárquicas não mereciam nem sequer o apego dos próprios monarquistas que, tão subitamente, se transformaram em "neorrepublicanos". O que a Monarquia assegurava a muitos era apenas os seus interesses. Quando ela lhes fez oposição, voltaram-se para a República. No entanto, embora seja forçoso reconhecer erros gravíssimos da República, nela, porém, o horizonte está claro. Sejam quais forem os erros políticos, o povo brasileiro não possui mais instituições legais, em contradição capital com o regime republicano normal da Humanidade. Todas as vias da regeneração humana acham-se francas. Tudo depende doravante do pacífico ascendente da doutrina que venha sistematizar as aspirações da fraternidade universal puramente humana que Benjamin Constant teve a glória de proclamar, completando os esforços resumidos em Tiradentes e José Bonifácio, saudando o primeiro centenário da grande crise ocidental, chamada vulgarmente Revolução Francesa"(5). Nota do Autor O confronto

O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil - Página 154 - Thumb Visualização
Formato
Texto