será das urnas eleitorais que sairá a vontade nacional.
As qualificações fraudulentas, a falsidade, o extravio criminoso de cédulas, as atas apócrifas, as escandalosas apurações, tudo isso, bem sabe o País, faz parte dos costumes políticos da República. As boas causas, porém, têm força intrínseca, e tão grande que, sem o concurso de uma imprensa partidária, sem propaganda persistente e metódica, assistimos hoje ao renascimento triunfante da ideia monarquista, considerada, ainda há poucos anos, como mera utopia. Há momentos na vida de um povo em que, apesar da fraude e da tirania, a vontade nacional surge impetuosa, invencível, triunfadora. Sem recomendar aos meus amigos a violência e menos ainda pregar a guerra civil, sempre desastrosa, espero que, no momento preciso, nós, os monarquistas, saberemos ter gestos viris que necessários forem para a salvação do País.
Quanto a mim, colocado por minha mãe à testa do nosso partido, representante, depois dela, do princípio monárquico no Brasil, estarei sempre à disposição de nossa Pátria para desempenhar o papel que, por aclamação do Povo, nos foi outrora atribuído.
Para cumprir o meu dever, dever que resulta da própria história brasileira, que justificou, justifica e justificará os nossos direitos dinásticos, estou pronto a todos os sacrifícios, inclusive ao da própria vida"(3). Nota do Autor
Os positivistas, críticos exigentes do regime republicano, responderiam ao Príncipe, historiando os acontecimentos que precederam e sucederam o findar do regime monárquico, concluindo, apesar de tudo, pela superioridade da República. Assim dizia Teixeira Mendes, referindo-se ao apelo do Bragança: