O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

NOTA B

PARTE FINAL DOS AUTOS REFERENTES À REVOLTA DO BATALHÃO NAVAL.


Vistos e examinados e relatados os presentes autos, se argui contra o Capitão de Fragata - Francisco José Marques da Rocha, o fato de ter sido o responsável pela morte de várias praças, falecimentos que se deram nas solitárias do Batalhão Naval, aquartelado na Ilha das Cobras. Tendo sido apresentados ao réu, nos dias 23 e 24 de dezembro último, de ordem do Estado-Maior da Armada, duas turmas de soldados e marinheiros, implicados nos acontecimentos que se desenrolaram na mencionada Ilha, nos dias 9 e 10, também no mesmo mês de dezembro, as fizera recolher às diversas prisões do presídio, sendo que os homens metidos nas três solitárias o foram incomunicáveis. Na manhã do dia 26, ao abrir-se essas prisões, a fim de se verificar o que de anormal nelas se havia passado durante a noite, pois que nessa madrugada tinham dali partido gemidos, pedidos de socorros e gritos anunciadores da existência de mortos, não tendo o oficial de serviço providenciado embora de tudo tivesse sido informado, pelo receio de uma sublevação por parte dos presos e por não confiar nas praças da guarda do presídio, verificou-se que dezesseis homens haviam morrido, estando os restantes em estado de grande debilidade e em copioso suor, sendo que dois vieram a falecer na tarde do mesmo dia 26, atestando

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