O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil

O protesto contra a insinuação de que os positivistas teriam conivência no atentado de 5 de novembro, é uma das últimas intervenções feitas por Miguel Lemos, pois, logo no ano seguinte, em 1898, ele passaria a chefia efetiva do Apostolado a Teixeira Mendes. Este, pouco antes de ser encarregado da direção da igreja positivista, faria uma viagem a Paris para uma rápida visita "aos lugares santos do positivismo"(14), Nota do Autor viagem da qual resultará um livro interessante, cheio de informações acerca da história de Augusto Comte e das pessoas com as quais o filósofo esteve mais ligado. Não estava também fora dos planos de Teixeira Mendes a intenção de examinar, aproveitando a viagem, a situação da propaganda positivista em Paris e fazer por ela alguma coisa mais eficiente do que até então havia realizado o grupo laffittista. Tal era a convicção dos discípulos brasileiros, tal o seu apego à letra da doutrina do mestre que, para eles, desde que a propaganda em Paris ("Paris não é uma cidade, dissera o mestre, Paris é a França, Paris é o Ocidente, Paris é a Europa, Paris é a Terra"), desde que a propaganda ali conseguisse triunfar, ela haveria de dominar toda a terra. Sabemos que é desse ano o projeto de Teixeira Mendes de "dividir a sua atividade religiosa entre Paris e o Rio, de modo a passar uma parte do ano na capital do Ocidente e a outra aqui".(15) Nota do Autor

O positivismo na República: notas sobre a história do positivismo no Brasil - Página 20 - Thumb Visualização
Formato
Texto