Sincretismo religioso afro-brasileiro

5) A ORDENAÇÃO SINCRÉTICA

De acordo com as nossas observações e levando em conta os vários contingentes que entram na formação geral do complexo conglomerado religioso afro-pernambucano, foi-nos possível estabelecer uma série de categorias sincréticas. Tomamos como base o quadro dos graus de sincretismo que Artur Ramos(1) Nota do Autor nos deixou. Ousamos, entretanto, fazer algumas alterações. Alterações que envolvem principalmente acréscimos. Assim, achamos de bom alvitre lembrar a presença do contingente mina. Contingente insignificante, é verdade, porque apenas um elemento conseguimos descobrir nos xangôs pernambucanos. Mas, um elemento de grande difusão. Queremos nos referir ao "costume de inhame", de origem não só daomeana mas fanti-ashanti. Assim, ao grupo do sincretismo intertribal africano gêge-nagô devemos acrescentar também o contingente mina. Desse modo, completando o quadro do sincretismo afro-religioso teremos o grupo: gêge-nagô, malê, banto-mina. Este grupo poderá ser designado pela denominação genérica de afro, quando entrar na composição de grupos mais complexos. Assim, temos, por exemplo, o grupo afro-tupi. Substituímos o termo caboclo pelo tupi. Preferimos usar a palavra cristão em lugar da expressão católico-protestante, nas categorias sincréticas em que se ajustam outros componentes. É o caso, por exemplo,

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