O rio da unidade nacional: o São Francisco

de selins dos jegues, ou de mantimento acumulado, ouvindo, ao semitom dos candeeiros de querosene, as histórias de bichos d'água, os enguiços das plantações, ou simples detalhes da vida quotidiana inexpressiva, que são contados em uma linguagem inédita, que, só por ela, vale todos os inconvenientes dos trens e dos vapores e todas as ameaças de febres, de que os turistas ficam cheios, sem razão.

Depois, começam a brotar as cidadezinhas, os povoados, onde aporta o vapor tempo bastante para que os vejamos inteiramente. Vai-se comprando um pouco de doces locais, de cousas regionais, de uvas (ah! e que uvas têm as margens do rio de S. Francisco). Os olhos principiam a encher-se de arquitetura colonial, de mau gosto nacional, deliciosamente perpetuado em desenhos e esculturas de portões, de platibandas, de revestimentos de casa com lascas de pedras, como se fosse calçamento de passeio, aparecem as igrejas ingênuas, grandes, como a de S. Francisco, pequeninas como a do arraial de Oliveiras, todas ajeitadinhas e respeitadas - já o viajante

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