Cochranes do Brasil; a vida e a obra de Thomas Cochrane e Ignacio Cochrane

renda anual de três mil libras esterlinas, que por disposição testamentária lhe deixara o pai - o "Honorable" Basil Cochrane, falecido em agosto de 1826(2) Nota do Autor, quantia essa que, ao câmbio da época, assegurava-lhe uma renda mensal da ordem de dois contos de réis, equivalente, em nosso atual poder aquisitivo, a mais de 2.500.000 cruzeiros.

Foi com essa base financeira que aqui desembarcou Thomas Cochrane, Bacharel em Letras pela Universidade de Paris e formado em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Londres.

Do livro de sua autoria - Medicina Doméstica Homeopática, cuja primeira edição data de 1849(3) Nota do Autor, constam seus principais títulos:

"Bacharel em Letras pela Universidade de França, formado em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Londres, Membro fundador da Academia Médico-homeopática do Brasil, e um dos Médicos do Hospital estabelecido pela mesma Academia; Membro correspondente da Sociedade de Medicina Homeopática de Paris, e de várias Sociedades científicas."

Nada sabemos a respeito dos primeiros anos de sua residência no Brasil. Seu nome aparece somente ao findar a década de 1830, quando Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda, exercia o cargo de Regente do Império. Não como médico homeopata, mas como o homem que, primeiro, sonhou em dar uma estrada de ferro ao nosso país.

Stephenson's times

A Grã-Bretanha que Thomas Cochrane, adolescente e moço, conheceu, era um país já dominado pela Revolução Industrial; e, dentro dela, pela ânsia de melhor aproveitar os inventos de RICHARD TREVITHICK (1803) e de GEORGE STEPHENSON (1814), criadores das primeiras locomotivas a vapor.

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