e depósitos em diversos pontos intermediários das ditas estradas, comunicando com todos os caminhos vicinais, laterais e travessos; nos lugares onde os fazendeiros escolherem para o cômodo geral e conveniência da Companhia". Além disso, chamavam os Diretores "a atenção do público sobre a posição geográfica da estrada, que abrangerá todos os pontos de comunicações comerciais de Minas Gerais, S. Paulo, Goiás e Mato Grosso".
No gozo de um privilégio de 80 anos, esperava a Companhia "grandes vantagens, resultantes do imenso comércio do interior com a Corte". Na semana seguinte, teria início a subscrição das 16 mil ações, ficando as listas depositadas "na praça do Comércio" e no escritório da Companhia, à Rua do Ouvidor, n.° 66.
Tinha início, assim, a maior aventura da vida do Dr. Thomas Cochrane.
Homem de visão e lutador
Para que se possa bem avaliar o alcance da iniciativa, necessário se torna recordar que, por essa época, a cidade de São Paulo, meta natural da projetada estrada, não passava de um "burgo de estudantes" - na definição feliz de ERNANI SILVA BRUNO(6) Nota do Autor, e sua população urbana não ultrapassaria 15 mil habitantes(7) Nota do Autor, ao passo que Rio de Janeiro e Salvador possuíam mais de cem mil.
Teria o Dr. Cochrane, em visão profética, previsto a futura importância da Capital paulista, ou a grandeza econômica da então Província?
Esta última hipótese parece a mais aceitável, porque, exatamente nesse período, o café iniciava sua marcha através do Vale do Paraíba, no rumo de montante; em 1836, o trecho paulista produzia 86,5% do total da Província e o então município