[Ver ilustração no original - Legenda:
Carruagem usada no casamento de Dom Pedro II - Foi construída nas oficinas de Mr. Pallisér, em Londres. Notável por sua extrema leveza e grande solidez, pintada de verde e amarelo, e ornada com frisos de ouro e prata. O enquadramento das vidraças era de acaju. "O mecanismo das cortinas, novo e engenhoso, obedece aos menores movimentos e deixa penetrar, na exata proporção que se deseja, o ar e a luz". O interior era guarnecido de cetim branco e "tudo é disposto de maneira que todas as atitudes sejam fáceis e que se seja doce e levemente conduzido". A frente, duas plantas: o café e o tabaco, simbolizando riquezas do Brasil; atrás, figuras douradas representando serpentes e dragões. (Texto e gravura de L'Illustration, Paris, nove de setembro de 1843).]
Pela mesma época, em França, THIERS prosseguia em sua campanha de desconfiança em relação às via férreas, duvidando que os operários viessem a utilizá-las como meio de transporte, ao mesmo tempo que protestava contra a dispersão dos recursos do Estado em matéria de serviços públicos. Mas, teve contra si a opinião dos saint-simonianos, de todos quantos regressavam, entusiasmados, da Inglaterra e, particularmente, dos capitalistas (como Pereire e Rothschild), criadores das primeiras linhas (Paris-Saint Germain, Paris-Lille), embora com ele concordassem em incentivar a iniciativa privada, apesar dos inegáveis êxitos registrados na Bélgica, a partir de 1834, pelo sistema do Estado industrial(16) Nota do Autor.
Na Inglaterra, muito pelo contrário, continuava o extraordinário sucesso do novo invento, que passou a ser utilizado