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Desde a paz de Versalhes, a influência incontrastável do fator econômico na orientação das relações internacionais tornou-se ainda mais evidente. Os sucessivos episódios encadeados no penoso desenvolvimento do caso das reparações, com o plano Dawes e depois com o plano Young e as suas consequências no acordo de Haya, na conferência de Baden-Baden e fundação do Banco de Ajustes, deixaram patente o terreno exclusivamente econômico em que passavam a realizar-se as manobras da diplomacia do pós-guerra. A criação de novos Estados independentes com a multiplicação das barreiras aduaneiras daí decorrente acentuou ainda mais as oposições de interesses materiais, imprimindo à política da Europa caráter que, embora não divergisse essencialmente do apresentado pelas situações verificadas em períodos anteriores, permitia contudo a percepção mais fácil dos objetivos exclusivamente econômicos do jogo em que se empenhavam as diferentes chancelarias.
Ao lado da questão aduaneira, o problema monetário veio desde os primeiros dias do pós-guerra reforçar o cunho econômico das relações internacionais. Definiram-se logo os interesses antagônicos das nações criadoras e dos Estados devedores. As primeiras capitaneadas pela Inglaterra, ansiosa pela reconquista da hegemonia