Debalde Hitler e os seus porta-vozes dirão que as aspirações da Alemanha no tocante a interesses concretos se reduzem à reintegração do território do Saar. Os vizinhos do Reich e com eles o resto do mundo civilizado sabem muito bem que outras e mais vastas são as reivindicações, cuja perspectiva ora mobiliza as energias belicosas da Alemanha e inspira as atitudes dos seus atuais governantes.

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Reduzido à função das rivalidades econômicas, o problema da paz e da guerra, sem deixar de apresentar enormes e evidentes dificuldades, assume contudo o aspecto de uma questão acessível aos métodos práticos de uma política internacional inteligente e realística. Dois caminhos deparam-se-nos como possíveis roteiros para levar-nos à desejada estabilização da paz. Um deles e obviamente o preferível seria a coordenação global dos interesses econômicos de todos os povos civilizados em um sistema de economia ecumênica, no qual acima das soberanias políticas dos Estados existisse uma forma qualquer de organização mundial, regularizando em benefício de todos e em proveito de cada um também o mecanismo da produção e a maquinaria do comércio e da finança internacionais.

A Conferência Econômica e Monetária reunida em Londres em 1933 foi um esforço orientado pela ideia de dar à solução do problema econômico, que tem forçosamente