de Woodrow Wilson, concretizado na Liga das Nações. O insucesso do instituto de Genebra, que tem dado lugar a tantos comentários em geral inspirados pelo ceticismo acerca da possibilidade da organização eficiente de um sistema político internacional, não resultou, entretanto, de defeitos intrínsecos do pacto fundamental que deu forma à Sociedade das Nações, mas decorreu apenas da ambiência imprópria em que surgiu a obra wilsoniana.
Longe de servir de argumento demonstrativo da inviabilidade de uma organização super-nacional dos Estados, a historia melancólica da Liga das Nações encerra a prova de achar-se preparada a humanidade civilizada para uma organização como a que foi sugerida aos beligerantes da grande guerra pelo idealismo de Wilson. Seria impossível imaginar-se circunstâncias mais desfavoráveis ao desenvolvimento normal da Sociedade das Nações, que as determinadas pelos tratados de paz simultaneamente firmados com o pacto orgânico daquela instituição.
Nada caracteriza mais significativamente a confusão perturbadora de ideias e tendências contraditórias que se estuaram na conferência de Versalhes, dando lugar à mais perturbadora pororoca diplomática de todos os tempos, que terem surgido da mesma gestação cousas tão antagônicas como o Covenant da Liga das Nações e o tratado de paz imposto à Alemanha pelos aliados vencedores. O plano de que a Liga foi a expressão concreta, evidentemente só podia ter viabilidade em uma