ambiência internacional diametralmente oposta à que o Tratado de Versalhes criou na Europa e de certo modo em todo o mundo. A base lógica de uma organização dos Estados para a solução em comum dos problemas de ordem universal, entre os quais primava a consolidação de uma paz permanente, era forçosamente a ideia de que a experiência do conflito mal terminado demonstrara ser a guerra um expediente absurdo e contraproducente para a solução de disputas internacionais. Como corolário dessa ideia primacial vinha logo a noção da necessidade de submeter os particularismos nacionalistas ao ritmo de um pensamento mais alto e mais geral de coordenação dos interesses das nações. Aliás, esse é o princípio sobre o qual assenta toda a estrutura do instituto de Genebra e dele promanam também as diretrizes traçadas pelo Covenant para o seu desenvolvimento e atuação. Entretanto, o Tratado de Versalhes e os que sobre ele foram calcados no reatamento de relações entre outros beligerantes estabeleceram situações internacionais e formaram uma atmosfera moral radicalmente opostas a qualquer ideia de disciplina das afirmações excessivas do nacionalismo.
O princípio das nacionalidades, proclamado pela Inglaterra nos primeiros dias da guerra e mais tarde adotado por Wilson como fórmula de pacificação, nada tinha de incompatível com a organização eficiente de uma sociedade internacional. Longe disso, o desenvolvimento de uma nítida consciência nacional e a realização