convém colocar os seus elementos de força. E se é indiscutível que daí resulta uma perplexidade até certo ponto favorável à paz, por outro lado é evidente que qualquer rompimento do equilíbrio pode dar lugar a situações complicadas e mesmo caóticas, como não as conheceu o mundo durante os últimos séculos.
A organização de uma ordem internacional é em tais circunstâncias um caso de decisiva relevância sob o ponto de vista da própria sobrevivência da civilização. As bases desse sistema cuja urgência é axiomática não podem ser outras senão as do ajustamento dos interesses econômicos das diferentes nações. E como esses interesses são por tal forma complexos que a sua imediata coordenação mundial é inexequível, impõe-se logicamente uma combinação parcial dos Estados onde existe uma consciência mais clara de tais interesses e que, felizmente, são exatamente aqueles que dispõem de suficientes elementos de força para garantirem a paz e tornarem-se o núcleo de ulterior associação de todas as nações.
Um movimento nesse sentido chegou a esboçar-se em princípios do ano passado, quando a convocação da conferência de Londres despertou esperanças de um reajustamento econômico, a que logicamente se seguiria qualquer forma de entendimento sobre as medidas para a consolidação da paz, entre as quais o desarmamento ocupava lugar de maior destaque. Infelizmente aquela conferência redundou em completo insucesso, cabendo indiscutivelmente ao presidente Roosevelt a maior responsabilidade