de que a vida no Brasil se tornara verdadeiramente infernal e que o país em todas as manifestações da atividade coletiva apresentava sintomas alarmantes de decadência e de próxima ruína. Entretanto, é impossível analisar a vida brasileira por qualquer prisma através do qual a encaremos no ciclo demarcado nos seus extremos pelas duas insurreições militares de 1889 e de 1930, sem chegar à conclusão de não serem muitos os exemplos de um progresso global tão considerável e tão multiforme, como o que realizamos nesses 41 anos de experiência da democracia republicana.
Economicamente, temos a registrar um aumento apreciável da renda nacional demonstrado à evidencia pelas estatísticas, contra as quais debalde pode investir a sutileza argumentativa dos pessimistas de boa fé ou dos críticos tendenciosos. O volume da produção cresceu em cifras impressionantes; os métodos de trabalho foram aperfeiçoados, embora em escala muito menor que seria desejável. Não conseguimos emancipar-nos do regime da monocultura e não é difícil encontrar explicação para o fato de que aliás se nos deparam exemplos paralelos em quase todos os países comparáveis sob o ponto de vista econômico ao nosso. Mas mesmo nesse sentido houve um progresso muito sensível e que pode ser demonstrado pelo simples exame das nossas aliás tão defeituosas e deficientes estatísticas. Além disso, a economia brasileira evoluiu para atividades mais complexas com o surto de uma indústria