de atividade estendida pela região nordestina - de Pernambuco ao Recôncavo Baiano - e mais ao sul na província do Rio de Janeiro, a coincidência constante do poder econômico com a força política deu o monopólio da direção do Estado aos homens portadores do passado hereditário dos sedentários agrícolas daquelas zonas e formados eles mesmos quase sempre no ambiente que lhes acentuava os caracteres herdados. Iniciada a era do café e deslocado para São Paulo o eixo da economia nacional, o poder político gravitou, como fatalmente tinha de acontecer, das mãos da oligarquia de sedentários para gente nova, em que preponderavam as características daquele espírito de mobilidade, que propulsionou as bandeiras no mais grandioso episódio nomádico da história da América e cuja gênese biológica Gilberto Freyre atribui agora com muita razão ao volume da infusão de sangue semítico na população que se formou na capitania vicentina e depois na província em que ela se converteu. (1)Nota do Autor
A ascendência paulista imprime ao desenvolvimento nacional o caráter de um surto sem precedente na expansão econômica e no apuro da cultura orientada no sentido da pesquisa científica e do aperfeiçoamento dos processos técnicos. Paralelamente ao progresso econômico e cultural que o gênio bandeirante propele, observam-se na política os sinais de que a manobra do Estado vai passando a ser dirigida por uma turma não