constituem uma das características mais acentuadas e de maior alcance na vida social da época monárquica. Daí resultou a concentração da grande maioria dos valores nacionais no cenário político, aumentando assim consideravelmente o brilho da nossa vida pública pelo concurso das melhores e mais cultas inteligências de que dispunha o país.

O regime federativo alterou radicalmente essa situação. O que era exceção no tempo do Império passou a tornar-se de frequência cada vez maior no período republicano. O caso de um grande homem que do ambiente provinciano irradiava influência espiritual por todo o país, como Tobias Barreto, fora quase único, originado em circunstâncias especiais e personalíssimas. Na República foram aumentando os exemplos de homens de maior ou menor projeção nacional, cujas atividades políticas, profissionais ou culturais se exerceram exclusivamente no círculo da vida estadual. O interesse pelos negócios regionais que passaram a ser dirigidos na própria província e o desenvolvimento material e cultural dos Estados em consequência do regime autonômico fizeram com que se fixassem na terra natal muitos elementos superiores. Assim se tornaram possíveis a realização das aspirações pessoais e o adiantamento de uma carreira pública, sem contato imediato com a política federal. O exemplo do sr. Borges de Medeiros é típico, como o fora anteriormente no próprio Rio Grande do Sul o caso de Julio de Castilhos. E é interessante acrescentar que dois dos mais hábeis políticos que