que se teria logo configurado em um plano de reorganização nacional, se a revolução não tivesse vindo tarada pela sobrecarga nefasta de exotismos neutralizadores das tendências espontâneas do gênio brasileiro, formado pela ação cumulativa e sintetizante das correntes contraditórias que atuaram na nossa formação durante o período de gestação colonial.
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O Brasil oferece, no que poderemos chamar o período genético da personalidade nacional, um traço característico e peculiar, que o distingue de todas as outras nações do continente americano. Circunstâncias inerentes à própria fraqueza da metrópole europeia forçaram-no a criar-se, expandir‑se, desenvolver‑se e defender‑se de inimigos externos exclusivamente com os seus próprios recursos. Este fato, sagazmente assinalado por Manoel Bomfim (1)Nota do Autor, constitui a nosso ver talvez a mais importante condição da plasmagem da nossa personalidade nacional.
Não menos profundamente que a complexidade étnica, esse fator histórico atuou no sentido de imprimir a nossa fisionomia social e política aspecto não somente muito diferenciado das nações ibéricas do continente, como totalmente diverso dos tipos clássicos da