cultura europeia não pôde fazer mais que criar uma camada superficial, de espessura máxima no caso mexicano e quase nula no Haiti e na Dominicana. A estrutura da velha formação cultural aborígene tanto no México, como no Paraguai manteve-se em uma latência que se vem transformando em reação dinâmica contra o europeísmo, desde a abolição do domínio metropolitano. Acontecimentos atuais, principalmente no que toca ao caso do México, estão mostrando como a vitalidade da cultura autóctone promete encaminhar a futura evolução daquelas nações, no sentido de uma individualização progressiva dos seus atributos peculiares, que a violência exterior mantida durante três séculos não conseguiu apagar. As duas pequenas repúblicas antilhanas são colônias africanas, sobre as quais a única influência perceptível da Europa é a representada nos seus idiomas.
Profundamente diversa é a situação do Brasil e dos Estados Unidos. Tanto em um como em outro caso temos exemplos característicos da elaboração de nacionalidades inteiramente novas com formação cultural peculiar que, no caso dos Estados Unidos já atingiu uma configuração mais ou menos definida e que no tocante ao Brasil não passou ainda de informe nebulosa. E se analisarmos o determinismo dessa posição especial das duas nações, verificaremos a semelhança dos fatores em jogo na gênese de uma e de outra.
A colonização, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, apresentou um impressionante traço fundamental