humanas fossem idênticas ou mesmo muito semelhantes e os resultados da experiência em uma delas pudesse servir de orientação para as outras. Pondo de lado esse ponto de vista errôneo por estar em contradição com a realidade objetiva que pode ser facilmente verificada, a aplicabilidade da democracia a certas nações e os seus inconvenientes e perigos no caso de outros povos torna‑se assunto passível de uma análise racional e objetivista. Comparando o êxito das instituições democráticas de alguns países com o insucesso manifesto delas em outros, procura‑se em geral atribuir essa disparidade de resultados a diferenças culturais quantitativas, que dariam às nações onde a democracia tem redundado em benefícios uma posição superior aos povos, em cujo meio elas não se aclimatam. Semelhante explicação parece-nos demasiado simplista e não é necessário a ela recorrer para encontrar razão suficiente da diversidade apontada. Se analisarmos a questão examinando respectivamente as condições dos países que se dão bem com o regime democrático e das nações em que ele não consegue produzir resultados satisfatórios, verificaremos um traço diferencial muito característico.
As instituições democráticas têm dado o máximo de resultado na Inglaterra, Suíça, Holanda e nos países escandinavos, vindo em seguida, mas a uma distância apreciável, os Estados Unidos, onde não se pode dizer que a prática da democracia corresponda sob todos os pontos de vista a uma aproximação mesmo remota do