que se formou sobretudo pela influência combinada dos elementos normandos que invadiram a ilha no século XI e das forças educativas fortemente impregnadas de um colorido latino em ação durante a Idade Média, veio a ser tão indiscutível, que mesmo os elementos célticos ainda não inteiramente assimilados e que se encontram em algumas regiões estão todos subordinados ao ritmo de uma única mentalidade nacional.
O caso da Suíça é o exemplo da submissão de um grupo identificado com determinada cultura a outro, que imprimiu à nacionalidade a sua fisionomia característica. A sociedade helvética tem um cunho inequivocamente alemão, que se estende à própria Suíça francesa, para não falar no insignificante elemento de origem italiana. O suíço da região do Lemano é um alemão que fala francês, mas cuja mentalidade se identificou por tal forma à do grupo dominante, que a ela não sabe mais resistir. Aliás, no caso suíço o problema da democracia teve solução facilitada pela natureza restrita dos interesses e pela uniformidade destes em todas as zonas daquele pequeno país alpino. Quanto à Holanda e ainda mais em relação à Dinamarca, à Suécia e à Noruega a homogeneidade étnica e cultural é simplesmente evidente.
A correlação entre essa homogeneidade e o êxito das instituições democráticas decorre de razões inerentes à própria essência deste regime. O predomínio conferido às massas numericamente preponderantes e o postulado equalitário que forma a base lógica da democracia,