e à marinha, que pela sua natureza particular nunca se pode tornar uma força de compressão política, os ingleses e os povos que deles procederam têm conseguido evoluir realizando as suas mutações econômicas, políticas e sociais por meio de revoluções incruentas. Condições profundamente diferentes que se apresentavam em outros países tinham forçosamente de trazer desapontamento aos que acreditaram na possibilidade do regime representativo vir a dar resultados iguais ou semelhantes aos que haviam sido obtidos na Inglaterra. O estabelecimento de sistemas mais ou menos completos de sufrágio universal entreteve por muitos rumos a esperança da possibilidade de um progresso tranquilo das nações, que transplantavam para o seu ambiente político as instituições britânicas. Tão acentuada era a confiança na eficácia de um processo evolutivo capaz de levar os povos à realização das reformas de maior amplitude e profundeza sem a intercorrência de crises de transformação violenta, que os próprios socialistas passaram a relegar a um platonismo doutrinado a concepção do desenvolvimento dialético da sociedade com o seu epílogo revolucionário nas linhas marxistas, para concentrarem todos os seus esforços práticos na ação política e na ampliação da força eleitoral do proletariado.
Assim, a partir dos últimos anos da década de 70 do século passado, a corrente francamente evolucionista e anti-revolucionária toma vulto progressivamente maior e o seu prestígio reduz à posição de inequívoca subalternidade