mas que não apresentavam interesse igualmente vital para as classes constituintes do núcleo oligárquico, eram relegados a um plano secundário. Conservar e aperfeiçoar a organização jurídica e política melhor adaptada aos interesses da minoria dirigente, cuidar das relações internacionais a fim de proteger nessa esfera aqueles interesses e zelar pela eficiência das forças armadas que defendiam os pontos de vista da classe dominante no campo da política externa e representavam um instrumento de garantia do equilíbrio interno, resumiam até 1914 os objetivos capitais do Estado. A educação pública, os serviços sanitários e as medidas que as circunstâncias iam forçando a serem tomadas no plano das relações econômicas eram encarados como questões subordinadas às finalidades precípuas que se atribuíam à organização política da sociedade, sendo sempre as respectivas soluções encaminhadas em função das mesmas finalidades. A guerra veio dar uma relevância nunca imaginada a assuntos até então sempre colocados abaixo dos casos políticos, diplomáticos e militares. A causa dessa inesperada alteração da escala dos valores integrada no conceito do Estado é facilmente acessível.
Com o progresso da técnica da guerra e com a mobilização militar em massa das populações, os conflitos armados, desde que assumam vulto considerável, envolvem uma intensificação geral de todas as atividades sociais, acarretando assim a focalização dramática de problemas até então disfarçados e revelando na sua