O Brasil na crise atual

o fizeram em relação a outras regiões do norte da África, representando no seu conjunto a moderna raça semítica, foram todos caracterizados por um extraordinário desenvolvimento do impulso nomádico. Gente dotada de grande mobilidade e, portanto, de fortes instintos guerreiros e conquistadores, aqueles povos tiveram nas peripécias da sua existência aventurosa oportunidade constante para o cultivo inconsciente da aptidão a familiarizar-se com a noção do tempo e a entender a vida como um todo, que se propele e se desenvolve através de durações sucessivas e infindáveis. Além disso, a própria natureza da existência nomádica impõe sempre o conceito do objetivo das marchas e assim a vida social passa a ter uma finalidade que não é a existência atual, o que explica a formação ulterior de uma mentalidade teleológica, quando a sociedade atinge nível suficientemente elevado para permitir a uma elite a meditação e a elaboração de um sistema ideológico interpretativo dos fenômenos que se apresentam.

Radicalmente diferente foi o destino dos povos do grupo ariano. As migrações para estes nunca representaram papel de tanto vulto e de tanta relevância. A tendência hoje predominante na reconstituição da proto-história é a de relegar para a categoria das fábulas as grandes migrações arianas admitidas pelos eruditos de gerações anteriores. Segundo parece muito mais provável, as atuais populações arianas foram autóctones nas mesmas regiões onde hoje vivem os seus

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