longínquos descendentes. Assim, esses povos tiveram sempre vida preponderantemente sedentária, aplicando-se a formas de produção como a agricultura, cujas atividades os não induziam a dar ao conceito de tempo e às ideias de movimento, de progresso e de finalidade remota importância comparável à que adquiriam no psiquismo de gente nômade e pastoril.
A interpretação que aqui sugerimos para o fato geral verificado e assinalado por Spengler confirma-se ainda pela circunstância impressionante de todos os exemplos de civilizações desprovidas de instinto histórico citadas pelo sociólogo alemão estarem identificadas com povos arianos — civilização clássica e civilização indostânica — enquanto que os exemplos antigos de manifestação do sentimento do desenvolvimento sociogênico se registram em povos, nos quais é possível sempre encontrar a influência da raça mongólica ou das irradiadas do centro mesopotâmico. E no caso da civilização europeia no período cristão, em que o instinto histórico se apresenta a Spengler na plenitude da sua pujança, não é difícil demonstrar também o papel desempenhado pelas influências semíticas, cuja função na formação da Europa medieval e moderna impõe-se ao espírito crítico de qualquer estudioso da sua evolução.
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Abstraindo das determinantes a que aludimos e considerando apenas o fato indiscutível da afirmação da