O Brasil na crise atual

para o desconhecido, em que já não servem de guia os roteiros do dissolvido cristianismo medieval. Assim, por três séculos as nações mais vigorosas e mais empreendedoras prosseguem na realização dos seus planos especiais de engrandecimento e de expansão, sem que, entretanto, apareçam construções coordenadas de uma realização final exceto nas utopias que refletem apenas atitudes individuais, obviamente limitadas pelo prisma mais ou menos acanhado de pensadores isolados.

Afinal, com a eclosão do movimento científico a partir da segunda metade do século XVIII e sobretudo com as aplicações técnicas dos resultados obtidos na pesquisa do conhecimento em vários setores da natureza, surge de novo a ideia da sistematização do conceito do progresso social, de modo a determinar-se as diretrizes dessa evolução com um caráter de positividade. Dois pensadores personificam na segunda metade do século XIX a polarização do conceito evolutivo, respectivamente encarado dos pontos de vista extremos do individualismo e do coletivismo. Spencer e Marx fixam-se na história da cultura como expoentes de duas interpretações à primeira vista opostas, mas em última análise complementares de uma visão global do dinamismo sociogênico. Ambos tiveram precursores e no determinismo da atitude de cada um deles encontram-se fatores étnicos, influências históricas e efeitos da ação direta da ambiência em que apareceram. A evolução para uma liberdade incessantemente maior e na qual o indivíduo possa expandir cada vez mais as suas

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