Correspondência política de Mauá no Rio da Prata (1850-1885)

continente, e a campanha antiescravagista no Brasil, e libertadora nos países da embocadura do Prata, atinge seu ponto máximo.

O antagonismo de interesses ingleses e norte-americanos que se vai formando no correr do século XVIII, atingindo seu ponto agudo em princípios do século XIX, dá nascimento à celebração da Doutrina de Monroe, que com sua mensagem ao congresso norte-americano em 2 de dezembro de 1823, evitou a tentativa de recolonização da América do Sul.

O mais destacado político americano da época — Rosas — em vão lutou por todas as formas e meios para edificar um país grande e poderoso, capaz de enfrentar-se com o Império brasileiro, já expansionado em sua época histórica.

As lutas que sustentou o caudilho argentino contra o Chile pelo Estreito de Magalhães; com a Bolívia pelas províncias de Tarija e Santa Cruz de La Sierra; com o Paraguai e o Uruguai que sempre considerou províncias argentinas, fazem do período "rosista" o mais agitado de quantos atravessou aquele país.

Afora a luta continental, Rosas sustentou uma luta constante contra as potências europeias, na defesa do patrimônio nacional ameaçado pela ocupacão das ilhas plantadas na embocadura do grande rio, e pelas incursões do capital estrangeiro — principalmente inglês e francês, na confederação argentina.

Rosas pretendia que a união dos pequenos estados com a cabeça em Buenos Aires era a única forma de manter a integridade americana, constantemente ameaçada pelos países da Europa. Entretanto, as pequenas nacionalidades apenas ganharam independência política da antiga metrópole. Formaram territórios autônomos que não quiseram aceitar a tutela que Buenos Aires lhes oferecia.

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