61 à Bahia com a intenção de ordenar-se. Demove-o desta ideia a estada de uma única noite dentro dos muros do Seminário onde, ao que se conta, impaciente por se ver preso, e ralado de saudades, rompeu escandalosamente a tranquilidade da casa, cantando uma modinha ao violão. De fato, logo pela manhã, dali saía à procura de conhecidos. Anda o dia inteiro pela cidade e não os encontra. À noite, embora fatigado, assiste a um espetáculo. Entra depois, ao acaso, numa pensão, para dormir. De madrugada, o prédio pega fogo e Tobias foge atropeladamente com o saco de roupa, perdendo no incêndio o violão. Afinal, descobre os amigos, instala-se na república deles e apresta-se para iniciar os preparatórios.
Inicia-os realmente, frequentando aulas dos melhores professores locais, inclusive as de filosofia, do célebre Frei Itaparica. Ninguém, entretanto, nem o frade, o impressiona. Preferia a Bibliotheca Pública aos professores. Ali passava o melhor do seu tempo, lendo os românticos, deslumbrando-se com Vítor Hugo, que é, verdadeiramente, a sua grande, a sua máxima descoberta na Bahia. Pela voz do poeta, o rapaz humilde e sonhador do sertão de Sergipe entra a participar do drama do mundo, dos seus anseios, da sua inquietação. O poeta lançava-lhe no coração a semente das futuras estrofes condoreiras. Sua alma recebia o pólen romântico para vingar, na exaltação da personalidade e do