Tobias Barreto: a época e o homem. (em apêndice o Discurso em mangas de camisa com as notas e adições)

espírito de liberdade, as resistências conservadoras do meio.

Na Bahia, não produz quase nada. Sílvio Romero cita-lhe apenas duas poesias nesse período, uma das quais celebrando o 2 de julho. Absorvido pelas matérias do curso, pela leitura dos poetas românticos e pelas preocupações de ordem monetária que, do meado do ano em diante, começaram a tornar-se prementes, o jovem Tobias mal podia conciliar o teor da vida de estudante com a tragédia do seu problema pessoal. Parente de Moniz Barreto, conviveu com o famoso repentista e seus filhos, Rosendo e Francisco. Achamos traços do seu espírito nas tradições acadêmicas da época, como a referida no episódio em que, depois de ouvir a Rosendo Moniz declamar um folhetim de louvores a certa atriz encantadora do tempo, e que terminava pela sentença "Não há impossíveis morais!" - imediatamente replicou: "Contesto! O senhor não pode casar com sua irmã; é um impossível moral; porque físico não há nenhum"... Certamente, ele se destacara e fora notado no bulício das "repúblicas" e do meio escolar. Um dia, porém, viu com tristeza que o dinheiro acabara e que de Sergipe não lhe podiam mandar mais nada. Ficou desesperado. "Foi em tal transe, contou Sílvio Romero, ao travor desse acabrunhamento, que se deu o passo a mim referido com lágrimas nos olhos: deitado em sua rede, lia a coleção de trechos de prosadores e

Tobias Barreto: a época e o homem. (em apêndice o Discurso em mangas de camisa com as notas e adições) - Página 15 - Thumb Visualização
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