Tobias Barreto: a época e o homem. (em apêndice o Discurso em mangas de camisa com as notas e adições)

poetas de Charles André; a alma estava enegrecida pelo desmoronar de todos os planos; num momento de impaciência, atirou pelos ares o livro, que foi cair esparramado a um canto da pequena sala. Levantou-se, apanhou-o, estava aberto numa página onde se liam uns versos, entre os quais se achava este: "On perd son avenir par trop d'impatience... Os temperamentos poéticos, quando atribulados, veem presságios em qualquer coisa. Aquelas palavras foram um bálsamo para esse espírito acabrunhado"(2). Nota do Autor

Regressou, porém, a Campos sem prestar exames.

Em dezembro, torna a partir, mas, desta vez, para Pernambuco, a cuja capital aporta com uma ode "À Vista de Recife" e 95$000 no bolso. Poucos passaportes o identificariam melhor. E porque parece que aos espíritos sonhadores se compraz a realidade em opor o prosaísmo mais vulgar, ei-lo, mal desembarcado, aos primeiros passos em terra, sofrendo o coice de um burro que o magoou violentamente. Dias depois, caiu atacado de varíola. Desconhecido, baldo de recursos, era natural que o ano de 1863 lhe tivesse ficado na memória como o mais cruel de sua existência.

Só se matricula e começa a trabalhar em 1864. Mantém-se de cursos particulares de várias

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