Tobias Barreto: a época e o homem. (em apêndice o Discurso em mangas de camisa com as notas e adições)

muros dessas velhas e hediondas prisões chamadas Correia Teles, Lobão, Gouveia Pinto", porque "todos os homens que pensam, todas as cabeças bem formadas têm o seu to be or not to be". Mas em Tobias culminava a tragédia de um sistema educacional que, depois de submeter o adolescente a um ensino primário e secundário letrado, erudito, lançava-o nas escolas superiores, em que se fechavam bruscamente os horizontes daquela cultura literária e humanista.

Como acentuou Anísio Teixeira, "o ensino primário e secundário visavam a cultura desinteressada, devendo levar, normalmente, a escolas superiores, de cultura igualmente desinteressada, que nos preparassem o quadro intelectual, de cultores e divulgadores do saber humano: professores, escritores e poetas. Saído dos chamados cursos de humanidades, o adolescente brasileiro não deparava, entretanto, essa cultura que lhe devia continuar os horizontes de homem de espírito, mas sim escolas profissionais que seriam ainda acadêmicas tão somente porque o desaparelhamento substancial, ou a possível ineficiência de métodos para atingir os objetivos profissionais e utilitários a que se destinavam, as deixava no nível das divagações e das generalidades"(9). Nota do Autor

Tobias Barreto: a época e o homem. (em apêndice o Discurso em mangas de camisa com as notas e adições) - Página 29 - Thumb Visualização
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