Tavares Bastos (Aureliano Cândido): 1839-1875

assalta o quartel de polícia e o almoxarifado, e irrompe violenta a insurreição.

O tribuno - o Dr. José Tavares Bastos - estava sagrado o chefe civil do movimento. Ao chefe civil juntava-se o chefe militar, o Major Manoel Mendes da Fonseca, soldado impetuoso e decidido(1). Nota do Autor

Sublevada a tropa, o presidente reduzia-se a uma simples autoridade nominal. Ilhado no Palácio, desobedecido, o Dr. Agostinho da Silva Neves manteve-se, entretanto, com certa dignidade e altivez. Com uma coragem passiva de fatalista, resistia aos reclamos de renúncia, até que a Câmara Municipal, numa última e decisiva mensagem, o convence de resignar o cargo.

Acéfalo o governo, a Câmara convida o Dr. José Tavares Bastos - único substituto eventual presente - a assumir o poder, na qualidade de quinto vice-presidente da Província. E ele que precipitara, com os arrojos demagógicos de sua eloquência, o povo naquela aventura, via-se agora elevado a um posto de comando, de cuja precariedade em breve teria plena consciência, e em cujo efêmero desempenho o aguardavam os mais amargos reveses.

José Tavares Bastos, um dos dezesseis filhos do miliciano português, Joaquim Tavares Bastos e de D. Anna Felicia de Jesus Moraes, nasceu na comarca das Alagoas em 1813. O pai, varão de boa têmpera lusitana, natural da villa de Basto, chegara bem jovem ao

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