puderam afirmar-se, confundindo-se com o próprio destino da pátria.
A Tavares Bastos faltou o cenário, e foi curta a vida.
O semeador passou rápido, deixando, porém, no sulco ardente das ideias a glória do seu nome.
Ele haveria de dizer um dia: "No governo do Brasil deviam assentar-se indivíduos com uma imaginação cosmopolita de Goethe e uma cabeça universal de Humboldt".
É que ele queria que o político nestas terras novas da América fosse um criador, e não uma alma subordinada às formas imitativas de velhas e frustras experiências.
Ao grito anunciador de Walt-Whitman: "Novo Mundo - nova poesia", ajuntaria - Novo Mundo, nova política...
No seu universalismo, a que ele próprio chamaria com garbo - "o meu cosmopolitismo" - fulgurava o sonho do Brasil e para ele se voltavam todas as seivas inquietas daquela imaginação realista.
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A infância de Tavares Bastos passou-se no meio das mais violentas paixões e num ambiente de ódios extremos.
Do espetáculo de tais ambições, em que se estadeava a ferocidade dos clãs, ficara-lhe certamente aquele horror sagrado, que votou sempre a essa política