Fazia já três anos que morrera Alvares de Azevedo, mas a sombra do avatar byroniano ainda envolvia todo o quadro da mocidade do tempo, e nos ares da velha Pauliceia ressoavam as últimas notas elegíacas daquela musa infeliz. O Cantor da morte, filho da tristeza, estava sempre presente à inspiração dos jovens poetas. Muitas dores fraudulentas e muitas lamentações inúteis encheram o ambiente, em que imperava uma espécie de bovarismo da desgraça. Parecer infeliz era a forma fácil da felicidade...
"A comédia dos choradores por sistema", na frase de Macedo Soares, ia cedendo às reações da inteligência.
Naquela atmosfera ainda pejada de queixumes, a verdade é que um grupo de moços já orientava as atividades intelectuais no rumo de estudos mais sérios. Ferreira Vianna empenha-se em polêmicas filosóficas, Lafayette disserta sobre Direito Público e, numa língua em que anunciaria as virtudes mestras do seu estilo - a concisão e a lucidez - examina a legitimidade das revoluções; Antonio Carlos, o segundo, ao mesmo passo que desfere rimas plangentes, discute - O Communismo e a Propriedade; Andrade Figueira aborda problemas constitucionais e encarece as excelências do regímen bicameral; Macedo Soares - o crítico da geração - e Couto de Magalhães discutem Rousseau e Voltaire; Homem de Mello faz história; Silveira Martins, que modulara estrofes ingênuas - Rosa e Abelha - Não te lembras de mim? - exercita