O Marquês de Pombal e o Brasil

e folhetos publicados sobre a sua vida, e sobre a sua obra de administrador, constantes da bibliografia que juntamos a este trabalho.

Escolhendo as instruções passadas pelo Conde de Oeiras ao Vice-Rei Marquês do Lavradio, como peça de introdução à obra que pretendemos realizar, fizemo-lo com o propósito de facultar desde logo ao leitor interessado, elementos que o tornem apto a acompanhar com segurança a jornada ora empreendida sobre a importante contribuição do gabinete Pombal ao Brasil.

A experiência de 19 anos de governo já tinha propiciado a Pombal o ensejo de conhecer a fundo os problemas fundamentais ao crescimento do Estado do Brasil, domínio principal da coroa portuguesa.

Conhecia também Pombal, como ninguém, o que eram como amigos, ou inimigos, os ingleses, franceses, e castelhanos. Conhecia o limite de resistência de cada um, não só em face da política continental americana, como em relação ao valor que davam aos interesses econômicos que buscavam defender ou alcançar, quando negociavam tratados.

Pombal, por ter sido um dos homens mais duros e combativos de Portugal, ainda hoje é objeto de ódio e repulsa pessoal de muitos, especialmente da gente da Companhia de Jesus.

Quase tudo quanto de grave pesa sobre a sua memória, parece-nos ser do nosso conhecimento. Mas, como não entramos em liça para acusá-lo ou defendê-lo dos crimes que lhe são atribuídos, a nossa tarefa se tornará mais fácil, sobretudo porque os males e danos decorrentes da sua força e poder, se fizeram sentir muitíssimo mais em Portugal do que no Brasil.

Se nos fosse dado esquecer o muito que Pombal se permitiu fazer, e por vezes endossar, de errado e desumano para só nos fixarmos no que ele fez de útil e

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