O Marquês de Pombal e o Brasil

temos encontrado sempre a participação de D. José em todos os assuntos de importância ligados à administração Pombal, o que torna infundada qualquer opinião contrária a essa verdade.

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Estas Instruções foram passadas por Pombal, ainda Conde de Oeiras, a 14 de abril de 1769. Nesse dia ele escreveu ao novo Vice-Rei do Estado do Brasil, Marquês do Lavradio, mais três cartas instrutivas, tratando de assuntos relativos à sua nova e alta função.

Correspondem essas cartas aos documentos de Nºs 1, 19, 32 e 15, denominados por Pombal, respectivamente: "Primeira Carta", "Segunda Carta", "Carta Terceira" e "Carta Quarta".

Pela leitura atenta dessas cartas, existentes neste volume, pode-se com facilidade sentir a extensão e a profundidade dos temas tratados pelo Gabinete Pombal em relação ao Brasil.

Deixando de parte os assuntos contidos na primeira delas, vamos ver que na segunda – Documento nº 19 – o assunto da primeira é posto em maior evidência para que o responsável pelo seu cumprimento o sinta com certeza e exatidão. Eram negociantes e ministros de Inglaterra, bem como a França e a Espanha que se armavam para fazer invasões e conquistas no Rio de Janeiro e portos da sua Capitania.

Nos itens que se seguem a essa primeira observação, mostra Pombal todas as medidas já anteriormente tomadas para evitar essas mesmas invasões.

Até julho de 1766, a guarnição da praça do Rio de Janeiro, constava de dois regimentos de infantaria e um de artilharia, com cerca de dois mil homens espalhados pela Colônia do Sacramento, Rio Grande e ilha de Sta. Catarina.

O Marquês de Pombal e o Brasil - Página 27 - Thumb Visualização
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