O Marquês de Pombal e o Brasil

provocar a guerra com os castelhanos, precisamente quando as relações entre as duas coroas eram as mais íntimas e cordiais." José Custódio foi preso e o Conde da Cunha mandado para Portugal. Dessa prisão injusta, terá talvez nascido em José Custódio a ideia de se bandear para os castelhanos; fato que se deu dez anos mais tarde.

O segundo, consta do item IX, da quinta carta de Instruções passadas pelo Conde de Oeiras ao Vice-Rei Conde da Cunha, em data de 20 de junho de 1767, que diz: (Doc. 7) – "Achando-se, pois, esta corte no mesmo idêntico caso, que as de Madrid e Paris, etc. [que haviam então expulsado os jesuítas]... considerou Sua Majestade que era indispensavelmente necessário mandar aí promulgar sobre esta importante matéria o Alvará que remeto a V. Ex.ª, no seu mesmo original, por não caber no tempo estampar-se. E ordena o mesmo Senhor, que V. Ex.ª o faça logo publicar a tom de caixas, por Bando, que leve a cópia dele inserta; fazendo V. Ex.ª logo depois afixar por Editais nos lugares públicos dessa Capitania, e registrar em todos os livros onde se costuma fazer semelhantes registros." Mas, no item XI, dizia: "Depois de se achar esta carta nos termos acima referidos, resolveu Sua Majestade que a Lei geral para a extirpação dos jesuítas fosse daqui impressa; e V. Ex.ª a receberá naquela conformidade pelo segundo transporte, que dentro em poucos dias há de sair da cidade do Porto."

Por onde se verifica que só depois de terem os jesuítas sido proscritos de França e Espanha, é que também só depois foi o mesmo alvará impresso. Verifica-se, além disso, que a interferência do Rei se fazia sentir não só no geral das coisas, mas até na objeção de não se mandar para o Brasil o próprio original do referido alvará de 3 de setembro de 1759. Aliás, em nossas leituras,

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