arte da guerra, persistiam em considerar as novas doutrinas aplicadas pelos ingleses, como coisas de estrangeiros.
Mandou Pombal gente nova. Mandou capitães com honras de tenente-coronel para lecionar, e mandou também com o material escolar as obras de Belidoro, que eram a última palavra no assunto – traduzidas para o português, com o fim especial de aqui serem utilizadas nos estudos militares que iam ser iniciados.
Foi nessa ocasião que Pombal, visando como sempre defender e fortalecer o Brasil, voltou a se chocar com as autoridades da Igreja e com a gente da nobreza, compelindo-os a colaborar na defesa do Estado.
O arcebispo eleito da Bahia, entre outros, recebeu do irmão de Pombal a seguinte carta: "À Sua Majestade é constante que ao mesmo tempo em que o dito Senhor se vê obrigado a intentar a defesa dessa Capitania, e as mais do Estado do Brasil, achando-se o Estado Eclesiástico nelas com um tão abundante número de sacerdotes, como lhe foi presente, ainda assim há pessoas que esquecidas do ardente zelo do serviço do Rei e do amor à pátria, que resplandecem sempre nos vassalos desta Coroa, procuram ser promovidas a Ordens, não com o santo fim de abraçarem a vida Eclesiástica, mas sim com o fim de se livrarem de servir nas Reais Tropas, e se eximirem de tomar armas em defesa das mesmas Capitanias e da liberdade da pátria a que todos estão obrigados pelas impreteríveis disposições dos Direitos Divino, Natural e das Gentes, que a ninguém isentam neste presente caso, etc. Manda Sua Majestade participar a V. Ex.ª que será muito do seu real agrado que V. Ex.ª não admita pessoa alguma a Ordens quaisquer que elas sejam; excetuando apenas aquelas pessoas que já houvessem recebido as Ordens de Epístola." Francisco Xavier de Mendonça Furtado assinou esta