O Marquês de Pombal e o Brasil

carta do Palácio de N. Sra. da Ajuda, em 19 de agosto de 1768, na qualidade de Secretário da Marinha e Negócios Ultramarinos, do Gabinete Pombal.

O assunto se prendia sobretudo, à Carta Régia de 22 de março de 1766, que mandava alistar todos os moradores das terras de jurisdição das Capitanias do Estado do Brasil que se achassem em condições de servir nas tropas, sem exceção de nobres, plebeus, brancos, mestiços, pretos, ingênuos ou libertos conforme se verifica pela leitura dos documentos 23, 30 e 31, destas Instruções; mas, a carta em si não foi encontrada.

Frei Basílio Röwer, em seu magnífico trabalho sobre O convento de Sto. Antonio do Rio de Janeiro, capítulo VI – (1750 a 1767) – escreve: "Sem podermos nem pretendermos negar anos de vida religiosa e florescente em outras épocas, é lícito, contudo, assinalar os quarenta anos de 1740 a 1780, como o tempo áureo da Província franciscana da Imaculada Conceição."

"O número de religiosos que, segundo determinação régia, por ocasião da ereção da Província, não devia exceder de 200, em 1735 era muito maior. Em 1743 o Provincial obteve licença para que o número fosse de 350, e por Ordem Real de 11 de julho de 1747, – ainda com D. João V – concedeu-se-lhe o de 400. O maior número de membros teve-o a Província em 1765: eram 481." O que confirma o alegado pelo Gabinete Pombal. Aumenta de gravidade, essa ocorrência, o fato de terem os castelhanos invadido e se fixado no Rio Grande a partir de maio de 1763, e de só dali terem sido desalojados 13 anos mais tarde.

Pombal consagra o item 10 e seguintes de sua carta, a este assunto de formação dos novos Terços Auxiliares da Tropa, para chegar ao item 15, em que deixava dito que ao se formarem os novos Terços dos moradores do Rio de Janeiro, Sua Majestade havia resolvido que

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