razões que deviam aproximar países de cultura comum e tão aparentados nos domínios intelectual e econômico.
Muitas das pessoas participantes da recepção certamente se haviam revelado contrárias às medidas tomadas pelo governo Tibiriçá em defesa do café. Mas poucas se negariam agora a subscrever os comentários expendidos pela revista France-Amérique:
"O sr. Tibiriçá, último presidente do Estado-Império do Brasil, Estado de São Paulo, foi com efeito um dos promotores, senão o principal, dessa medida arrojada e paradoxal, muito combatida, muito discutida e que ameaçou comprometer, por uns tempos, as relações financeiras daquele Estado com a Europa, mas finalmente salvou da ruína os plantadores de café; ele desenvolveu e completou os planos dos caminhos de ferro de São Paulo, nos quais a França possui grandes interesses. Educado no nosso país, falando admiravelmente nossa língua, merece nosso reconhecimento. Foi ele, de fato, quem contratou, a despeito de certas oposições encontradas no Rio, a nossa missão militar de gendarmerie em São Paulo, e renovou por estes dias o contrato por mais um ano, defendendo-a contra espíritos injustos e triunfando.
Foi também um dos que compreenderam a importância de uma colaboração íntima do Brasil e da França no progresso econômico do país; apreciou as vantagens do nosso ensino técnico e notadamente entregou a um professor, requerido ao nosso Ministro da Agricultura, o cargo de diretor do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, ocupado desde a fundação por especialistas vindos da Alemanha".
Tais conceitos, de fonte estrangeira, resumindo perfeitamente alguns dos serviços prestados pelo nosso eminente