Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2

pois o que o Estado mais temia era voltar a ser privado de sua autonomia, o melhor incentivo a um progresso verdadeiramente assombroso.

Jorge Tibiriçá foi nesse período legalista intransigente e florianista incondicional, como quase todos os republicanos históricos. O golpe de Estado de Deodoro lhe parecera um retrocesso às velhas maquinações monárquicas e uma tentativa para reinstituir à sorrelfa práticas asfixiantes e centralistas. Floriano, com o contragolpe, repusera os Estados nos direitos constitucionais, embora as derrubadas de presidentes eleitos causassem muitos ressentimentos e dessem azo a que o vice-presidente fosse indigitado também como intervencionista nas esferas estaduais. Mas entre os republicanos prevalecia a doutrina enunciada por Campos Sales, ao declarar que o que se fazia não era uma política de intervenções, mas, ao contrário, reagir contra uma política que tentara suprimir a autonomia e a soberania dos Estados. "Uma situação violenta — afirmava - reclama situação igualmente violenta".

Na defesa da legalidade florianista, São Paulo comprou armamentos, facilitou os transportes e equipamento das forças federais e estaduais e constituiu vários batalhões patrióticos, como os convocados em 1894 por iniciativa de Campos Sales, Alfredo Ellis, Domingos de Morais, Júlio de Mesquita, Vitorino Carmilo, Almeida Nogueira e Alves Guimarães Júnior.

Quando os navios revoltosos tentaram transpor a barra de Santos, as tropas acampadas no litoral resistiram bravamente às investidas dos atacantes. Bernardino descera à cidade litorânea e visitara as trincheiras e outras obras de defesa montadas nas praias e em diversos pontos da costa. Avisado para não se expor numa

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