por ordem do governo na fortaleza de Santa Cruz. Denunciados à execração pública pelos republicanos florianistas que queriam mandar os "corsários" a conselho de guerra, foram os réus defendidos por Rui Barbosa, que tratou logo de requerer habeas corpus em nome dos direitos constitucionais. Essa nova tomada de posição de Rui, coligou contra ele os governistas fanáticos, para quem o eminente advogado e jurista não passava de um agressor contumaz das instituições, sempre à espreita de oportunidades para pesquisar nas suas estantes os argumentos próprios a traduzir a obra anarquizante dos "berradores da oposição". Os órgãos oficiais e os publicistas ortodoxos crivaram Rui de apodos e zombaram de seu estilo lamuriento e do que chamavam suas pastorais. Em polêmica travada com seu colega baiano, Aristides Lobo o qualificou como opositor inquieto e agitado e "enguia de sofismas".
A questão dos habeas corpus em favor dos prisioneiros do "Júpiter" suscitou acerba contenda nas colunas da imprensa. Segundo os elementos florianistas os prisioneiros, implicados em delitos militares, estavam sujeitos à jurisdição militar e não podiam recorrer ao habeas corpus, cuja concessão pelo Supremo Tribunal seria criminosa por invadir uma atribuição que não lhe pertencia.
Quando a nossa corte máxima aceitou a petição, entenderam alguns críticos que o deferimento era monstruoso e que o Tribunal passara por cima do Código da Armada e da jurisprudência.
Tal acrimônia nos comentários jornalísticos ia de par com a intemperança de linguagem com que se discutiam