Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2

A agitação no Rio Grande do Sul, da proclamação da República à revolta federalista

A série de acontecimentos sucedidos no sul do país necessita de ser brevemente rememorada para se verificar quanto foram árduas as primeiras lutas republicanas, e como é indispensável um alto grau de tolerância mútua e educação cívica para não desvirtuar a democracia e entregá-la ao jugo das facções tirânicas.

No Rio Grande do Sul, por motivos do temperamento do povo e devido à posição fronteiriça, as lutas assumiram urna feição que as aproxima dos choques dos caudilhos platinos. Características exteriores da luta, porque os choques psicológicos e políticos foram de essência inteiramente brasileira. Os dois polos ideológicos desse conflito encontram-se no positivismo dos castilhistas e no parlamentarismo dos gasparistas. Os nomes dos adversários não exprimiram simples hostilidade de grupos disputantes do poder pelo poder, mas de forças agrupadas para defender princípios aos quais se achavam apegados por fortes convicções.

Sem embargo, as dissidências se revelaram de extrema agudeza e por vezes de forma a provocar penosa confusão e um verdadeiro estado de desordem e anarquia.

Proclamada a República e logo deposto Silveira Martins, presidente da província, assumiu o governo o Marechal Visconde de Pelotas. Mas, Júlio de Castilhos toma a direção dos negócios públicos e indica o General J. Frota, que renuncia e passa o poder ao dr. Silva Tavares. Este o entrega ao General Carlos Machado

Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2 - Página 20 - Thumb Visualização
Formato
Texto