Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2

ideia que até hoje é propugnada com grande coerência pela corrente gaúcha representada por Raul Pilla.

A 17 de junho de 1892, estoura o golpe de Castilhos que, inconformado com a renúncia a que fora coagido depois do golpe de Estado de Deodoro, retoma o governo pela força e o transfere logo depois ao vice-presidente, dr. Vitorino Monteiro. O Visconde de Pelotas, apeado do poder, transmitiu o governo a Joca Tavares em Bagé, o que determinou uma dualidade de governos.

A 21 de junho, passaram-se gravíssimas ocorrências em Porto Alegre. Um certo Tenente Xaxá Pereira sublevou os soldados do quartel de Polícia e conduziu o ataque contra o palácio do governo onde se instalou Júlio de Castilhos que, após falar da janela do edifício, resignou o cargo nas mãos do vice, dr. Vitorino Monteiro, ficando Xaxá na chefia de polícia.

O General Isidoro, o Coronel Aparício e Pinheiro Machado marchavam contra Bagé. Mas Barros Cassal, a bordo da corveta "Marajó" e de acordo com o Comandante Lara, bombardeou Porto Alegre e alvejou o palácio, mandando intimar o General Vasques a restabelecer Pelotas sob pena de ser traidor à República. O General Vasques respondeu a balas de artilharia, enquanto suas forças eram atingidas por granadas no arsenal de guerra e no quartel-general.

A situação se apresentava sumamente confusa e difícil de resolver. Júlio de Castilhos precipitara a revolução por não reconhecer legítimo o movimento que o desalojara de palácio e reivindicar a legalidade constitucional de seu cargo.

Aristides Lobo, que não tolerava os federalistas por considerá-los monarquistas encapotados, referiu-se, no

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