O pronunciamento da Armada contra Floriano, além do apoio moral que vinha emprestar à rebelião federalista, colocava praticamente todo o nosso poderio naval do lado adverso ao governo. Os nossos maiores couraçados, o "Aquidabã" e o "Riachuelo", e mais uns pequenos cruzadores e monitores, embora não contassem com tripulações muito adestradas e estivessem com parte das máquinas e da artilharia um tanto danificada, podiam, se empregados num plano bem coordenado com as tropas terrestres, dar muito trabalho ao governo e talvez alcançar a vitória.
Mas a revolta naval, apesar do valor dos chefes e da coragem da maruja, não se orientou consoante uma diretriz política e estratégica devidamente combinada com a situação geral do país. Houve hesitações, desperdícios de energia e de bravura em muitas operações parciais. Dessa ausência de método e de uma linha de ação bem assentada resultou logo o declínio no prestígio militar e político da revolta.
A princípio, as notícias transmitidas ao estrangeiro eram favoráveis a Custódio de Melo e deixavam a entender que o movimento revolucionário sairia vencedor. Em várias chancelarias europeias esboçou-se um movimento para reconhecer o direito de beligerância aos rebeldes. Em Paris, o ministro do Brasil, dr. Gabriel de Almeida Piza, protestou com tanta firmeza junto ao ministro das Relações Exteriores e ao Presidente Félix Faure, que este declarou: "Mr. de Piza est un homme terrible!"
Pouco a pouco, devido às flutuações e aos erros do comando, a revolta foi perdendo todos os seus trunfos iniciais em benefício de Floriano e se gastando gradualmente