Augusto de Carvalho, Relações Exteriores; Felipe Pereira, Indústria, Viação e Obras Públicas; Felisberto Freire, Fazenda.
As notícias iniciais da revolta causaram estupefação e extraordinária indignação aos republicanos sinceros. Muitos desses sob o efeito da desordem generalizada, sentiram-se exasperados e propensos a descobrir debaixo desses motins a mão oculta de restauradores monárquicos, talvez estipendiados ou ajudados por agentes de potências estrangeiras. Bem cultivado, esse espectro restaurador serviu para alimentar, quando não entusiasmos, pelo menos, ódios e rancores muito úteis para entreter a luta fratricida.
Aristides Lobo, a quem várias vezes recorremos para auscultar as reações de um republicano de inexcedível patriotismo e sinceridade, pela primeira vez perdeu a calma nos seus comentários jornalísticos, ordinariamente tão comedidos e ilustrados pela fina sagacidade de psicólogo e profundo conhecedor da índole política do Brasil. As suas crônicas sobre esses acontecimentos espelham o desgosto do republicano, temente de ver naufragar a obra de 15 de novembro e o país afundar no caos e na esterilidade das lutas sem ideal nem objetivo cívico.
A impressão desses navios revoltados e, de quando em quando, despejando os canhões sobre alguns pontos da cidade, arranca-lhe esta expressão de cólera: "Jamais o mundo presenciou espetáculo tão indigno e tão hediondo".
Por certo a troca de balaços entre as fortalezas legalistas e os navios rebeldes perturbava a vida comercial e industrial da cidade e constituía perigo constante para os transeuntes, a todo instante ameaçados de cair fulminados por uma bala perdida ou pela explosão de