Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2

Gumercindo morreu em combate a 10 de agosto de 1894 e Saldanha da Gama, o "fidalgo de raça", pereceu como um cruzado e o cadáver foi profanado por inimigos sedentos de ódio.

A nobreza histórica do Brasil, frase empregada por um jornalista francês a propósito do remate das nossas lutas cívicas, apagou esses rancores. A Nação glorificou em Floriano o Marechal de Ferro, cuja estátua se ergue numa das principais vias públicas do Rio. E o nome de Saldanha da Gama é honrado como um dos mais belos perfis morais da nossa Marinha.

Neste ponto imitamos, sem o querer, a Inglaterra, que conserva com o mesmo respeito em Londres, a poucos passos uma da outra, as estátuas de Cromwell e de Carlos I, do grande caudilho revolucionário e do rei por ele mandado ao cadafalso.

Era mister, ao tratarmos desse período da nossa vida republicana, durante o qual São Paulo permaneceu firme ao lado de Floriano, recordar, nem que fosse pela rama, eventos cujas consequências se fizeram sentir, após muitos anos de aparente esquecimento, na marcha dos destinos nacionais.

Depois da morte de Júlio de Castilhos, o pontífice do positivismo, a governança do Rio Grande do Sul ficou mais de 20 anos, numa perpetuidade antidemocrática, nas mãos seguramente honestas, mas muito sectárias de Borges de Medeiros. Foi necessário um novo levante no sul para o grande Estado fronteiriço usufruir as regalias da Constituição de 1891. No levante libertador de 1923, reapareceram num verdadeiro Debout les

Jorge Tibiriçá e sua época (1855-1928) T2 - Página 37 - Thumb Visualização
Formato
Texto