de assim evitar para o futuro a repetição de qualquer aventura revolucionária para resolver uma crise política.
Como homem de ordem e cioso da conservação e da estabilidade da República, Jorge Tibiriçá prestou inteiro apoio à ação de Bernardino de Campos em prol de Floriano, embora visse com tristeza muitos aspectos da luta fratricida e lamentasse o espírito simplesmente faccioso e personalista de muitos grupos, mais propensos a defender um chefe momentâneo do que um ideal.
O perigo do florianismo consistia justamente em combater os adversários da ordem republicana com certo exagero sectário que se tornaria igualmente nocivo às instituições. Muitos florianistas, criando uma espécie de fidelidade fanática ao vice-presidente, pensavam erigi-lo ditador, sob a capa de salvar a República. Quer dizer, fomentavam um caudilhismo tão detestável quanto aquele que pretendiam combater. Tibiriçá, sincero e firme adepto do Marechal, repelia toda sorte de apologias e de faccionismos em torno de um homem. Totalmente avesso ao recurso à violência de que se tinha valido Deodoro ao dar o golpe de Estado, entendia que a resistência férrea de Floriano era um remédio necessário para defender a Constituição de 1891 e impedir a desagregação do regime. Julgava imprescindível vencer os revoltosos, porque reputava a estabilidade do poder legal o único meio de restaurar o crédito do Brasil no estrangeiro e evitar o desprestígio da República. Uma revolução, nas condições em que havia deflagrado a que ensanguentara o país, lhe parecia um desastre para o crédito e para o trabalho nacional. Desperdiçavam-se importantes elementos da fortuna pública, perturbava-se o comércio, rodava o câmbio para taxas cada vez mais vis e estimulava-se