dado o seu idealismo republicano, não queria desertar do posto que lhe coubera na defesa do regime, embora parentes e amigos várias vezes o aconselhassem a desistir de atividades que lhe traziam mais dissabores e prejuízos que satisfações.
A esse aviso se opunham os de amigos e correligionários, conhecedores da sua fibra e probidade, a insistirem para que ele continuasse na política. O certo é que no meio das lutas, intrigas e choques da vida pública e no labirinto dos interesses e colisões que ela provoca, sentiu-se ele coagido a prosseguir na lide, preso na engrenagem em que se agitam tantos sentimentos desencontrados, mas na qual ele só permaneceu para cumprir um dever cívico.
Jorge Tibiriçá, chefe de família
Deixemos, entretanto, agora de lado o político para observar o marido, o pai, o fazendeiro dentro de sua casa, fora das atitudes às vezes obrigatoriamente convencionais do homem público.
Casado com uma senhora da velha linhagem paulista, como vimos, e sua prima-irmã, Jorge foi o melhor dos esposos. Tinha realmente o senso de família e entre os seus descobria os horizontes da desejada felicidade.
A sua esposa, moça fidalga que privara na Corte e várias vezes estivera em contato com a família imperial que por duas vezes se hospedou na casa do seu pai quando em visita à província de São Paulo, sustentava a linha de nobreza e alta distinção da família. Prezava as instituições monárquicas e, por educação e formação espiritual, venerava a religião dos pais, católica apostólica