romana. Piedosa e sinceramente praticante, cultuava a fé com toda a devoção.
Educada e formada, como já dissemos, no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, de Itu, possuidora de sólida cultura e de ânimo enérgico, compreendia admiravelmente o marido, do qual era a confidente em todos os assuntos de natureza política. Discordando das opiniões republicanas de Jorge, ouvia-lhe as narrativas de tudo quanto ocorria nas lides da propaganda e mais tarde nas questões relativas aos choques partidários ou aos problemas mais debatidos na administração do Estado. Conselheira avisada e de segura percepção, em muitos casos advertiu o marido contra os embaraços, tropeços e deslealdades que tantas vezes perturbam a ação e ensombram a carreira do homem público, Jorge confessava-se realmente feliz em companhia da esposa e dos filhos. Fiel aos princípios materialistas que recebera do pai, respeitava o catolicismo intransigente da consorte, filha do Conde Parnaíba e absolutamente identificada com os sentimentos monárquicos do progenitor.
Essas antinômias de caráter filosófico jamais alteraram a perfeita harmonia do casal e a amizade que unia a família por cima de todas as concepções políticas. Jorge, fundamentalmente republicano e ateu, foi o melhor marido que se pode imaginar, sempre respeitador dos pontos de vista de d. Ana e de suas convicções de senhora fervorosamente apegada à religião dos pais e ao regime imperial.
Esse lar, cuja altitude moral já se aquilata por tais amostras de tolerância recíproca foi seguidamente enriquecido pelo nascimento de vários filhos, que são os seguintes: — Leonor, João Tibiriçá Neto, Anita, Georgina. Após essa filha, nasceram quatro meninos, de nome